Existem muitas
histórias de superação que nos provam que vale a pena tentar outra vez. Uma
delas que me chama atenção é a história de Thomas Edson, o inventor da lâmpada
elétrica, dentre muitas outras invenções. Para conseguir esta proeza, a
história conta que ele errou 1200 vezes. Fico a imaginar os parentes e amigos
quando ele já havia chegado na milésima tentativa. Talvez o descrédito já era
algo previsível. O desdém, a dúvida, ou mesmo um conselho de amigo que quer
proteger de mais desapontamentos, ecoa nos ouvidos dele dizendo: "você não
acha que é melhor desistir?" Mas ele não desistiu porque não tinha medo de
fracassar quantas vezes fossem necessárias até conseguir o seu intento.
Questionado sobre as inúmeras tentativas, ele responde: "aprendi 1200
formas de como não fazer a lâmpada". Quanta ousadia!
Mesmo com esses
e outros exemplos, a impressão que temos é que nunca achamos que pode acontecer
conosco. Olhamos para nossas limitações pessoais, ausência de recursos, nenhum
incentivo externo ou mesmo nos tornamos "realistas" quando decidimos
encarar o passado de tentativas fracassadas. Acabamos por sentenciarmos a nós
mesmos e nos acomodamos em nosso casulo de justificativas infindáveis. Então, o
mundo perde a chance de conhecer a nossa "lâmpada elétrica" e passamos
por esta vida sem nos tornarmos agentes transformadores, simplesmente pela
decisão de não tentar depois que já o fizemos pela milésima vez.
Mas a verdade é
que cada fracasso deveria nos fazer fortes, pois ele nos enche de experiências
valiosas. Cada perda é um sinal de que houve uma ação em direção ao ganho. Cada
decepção deveria ser encarada como uma oportunidade de conhecer melhor o ser
humano, conhecer melhor a si mesmo. Cada crítica deveria compor um soneto
daquilo que podemos melhorar. Cada "banho de água fria" deveria
refrescar a nossa mente para novas possibilidades. Cada pessoa que não acredita
mais em nossa capacidade nos dá a oportunidade de colocar em nossa própria
conta um crédito mais valioso: o que nós mesmos nos damos!
Caminhando para
a construção de algo que você acredita ser o seu chamado, a sua missão, os
fracassos acabam sendo uma rotina que não lhe amedronta mais e, finalmente,
você começa a preparar-se para vencer, para atingir, para conquistar. A
sensação é de que a vitória é algo tão desconhecido que ainda assusta e que irá
requerer de nós um preparo que não temos, pois estávamos acostumados com outros
finais. Então, descobrimos que não ter mais medo da derrota é o ponto de
partida para estarmos preparados para as vitórias e que precisaremos evoluir em
outras habilidades, agora. Afinal, o sucesso também dói, também tem perdas que
raramente alguém calcula quando o deseja e que raramente alguém suporta quando
o alcança.
Então, é hora
de decidir perseverar, atravessar a linha das mil tentativas sem temer o
futuro. Despir-se de uma auto piedade com a qual você estava acostumado(a),
parar de lamentar-se pelo que se perdeu, encarar com fé as reais limitações,
graduar-se pelos acúmulos de fracassos e subir no monte onde você pode contemplar
o começo quando pensava que era o final. É hora de desenvolver novas
competências e continuar "sofrendo", mas, agora, pelas conquistas,
pelas vitórias e pelos sucessos que jamais existiriam se não fossem os
fracassos. A palavra de ordem é: tente outra vez!
Adriana Garcia.
Jornalista,
Especialista em Educação, Coach
Fundadora do
Ministério Levando Esperança aos Divorciados
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