quinta-feira, 31 de março de 2016

VOCÊ TEM AMIGOS? VOCÊ É AMIGO?


Esta semana, alguém me perguntou: "você tem amigos"? Se essa pergunta fosse feita há alguns anos,eu responderia rapidamente. "Tenho muitos". Mas ela veio em um momento que tenho refletido profundamente sobre o tema. Por isso, demorei a responder e disse que acho que tenho, mas só meus amigos podem dizer que os tenho de verdade. Ao pensar em pessoas que eu considero amigas, nem precisei usar todos os dedos de uma mão. Eu sei de quem eu sou amiga, mas já não sei identificar se sou correspondida. A verdade é que muita coisa muda quando não temos mais dinheiro ou quando temos, quando não temos um cargo ou quando o temos, quando perdemos o poder de influência ou quando a temos, e assim sucessivamente. Para mim, amizade de verdade sobrevive às reverses da vida, aos sucessos e aos fracassos.Para mim, não conhecemos as pessoas até que decidimos chamá-las de amigas ou até que escolhemos nos afastar delas a partir do que passamos a conhecer. Uma das marcas de amizade é a afinidade no caráter, mesmo que em todo o resto haja diferenças gritantes. Escolher e manter um(a) amigo(a) é algo tão sério quanto escolher com quem casar, com quem abrir uma sociedade. Aliás, a quebra de aliança no casamento e nos negócios, na verdade, é a expressão do fim de uma amizade.
 O ser amigo e ter amigo é algo muito profundo e devemos ter muito cuidado ao dizer: "Essa pessoa é minha amiga"! Nessa dinâmica que muitos a vivem de forma leviana, existem aqueles que são amigos por serem políticos Não necessariamente a política partidária, mas aquela política que diz: "É sempre bom ter pelo menos um amigo médico e advogado, pois todo mundo precisa de um deles um dia". Ou seja, são pessoas que escolhem os amigos pelo que eles podem lhe oferecer. Há aqueles que são manipuladores de carteirinha, cujo caráter é totalmente duvidoso, por isso precisam "se limpar" aproximando-se de gente do bem. Suas amizades não passam de álibis para continuarem sendo quem são no escuro e se fazerem de santos posando ao lado de quem presta. Há aqueles que só são amigos deles mesmos e para tanto, ampliam o número de amigos sempre que necessário para terem seus desejos atendidos. Há os que são amigos para obterem informações privilegiadas. Como informação é poder, quanto mais amigos eles conquistam, mais confiança ganham, mais poder tem e cada informação colhida é apenas uma arma com potencial de uso para benefício próprio. Há aqueles amigos que bajulam, elogiam e fazem amigos falando mal dos inimigos daqueles que eles querem conquistar a amizade. Há tantos tipos de "amigos" que chegam até a ser verdadeiros inimigos.  Esses talvez sejam o pior tipo de inimigo que alguém pode ter. Amigos que prejudicam, que se aproveitam, que simplesmente são bons atores nos causam prejuízos emocionais irreparáveis, sem contar outros tipos de prejuízo.
Conseguir terminar a vida com pelo menos quatro amigos que carreguem o meu caixão, parece ser um desafio grande num contexto de tanta falsidade, tantos interesses, tanta superficialidade. Na verdade, a bênção está em conseguir ser correspondido(a) em nosso sentimento de amizade. Tente fazer uma festa na qual o número de amigos tenha que ser restrito? O que acontece é que você convida amigos que se surpreendem com o convite porque não são tão amigos seus como você é deles. Por outro lado,você não convida amigos que achavam que eram seus amigos como você é amigo deles. A amizade mesmo acontece quando você é amigo de quem verdadeiramente é seu amigo, quando há uma afinidade de caráter, onde há uma troca e não um abuso, onde há verdade e não interesses, onde há amor e não intenções egoístas e mesquinhas. Onde pessoas não são bancos, não são partidos, não são eleitores, não são consumidores, não são aquilo que vem antes de seus nomes. Pessoas são pessoas e com as quais desejamos estar, diante das quais podemos aprender e ensinar. Pessoas que são alvo de nosso afeto, mesmo que o tempo passe, mesmo que tudo mude, mesmo que tenhamos que lidar com a amarga realidade da distância. Amigos são pessoas que consideramos preciosas pelo valor que elas carregam no coração e não pelo status de tê-las ao nosso lado. Amizade é um sentimento que dá sentido a nossa vida e que nos faz crescer quando cultivada com as pessoas certas. Amizade mesmo, poucos terão, poucos saberão ser e ainda poucos saberão receber.
Adriana Garcia

domingo, 27 de março de 2016

O SEU DOMINGO DE PÁSCOA VAI CHEGAR...


Hoje a humanidade está relembrando a morte de Jesus. No sábado, imagino que um grande silêncio se fez na terra. Os discípulos voltaram, decepcionados, para suas casas... o mestre, o Grande líder, Jesus, estava morto! Como podia ser verdade, ver Aquele que curou enfermos e ressuscitou mortos, agora vencido pela morte? O diabo e seus demônios comemoravam a morte do filho de Deus. Enquanto isso, Jesus tomava as chaves do inferno e preparava-se para ressurgir em grande Glória.
Talvez hoje seja um "sábado" em sua vida, como aquele vivido pelos discípulos de Jesus. Parece que as promessas foram por água abaixo, que todas as profecias se foram e, sem sentido, ocuparam um lugar solto na história. Talvez, sem perspectivas, você pense em desistir, por achar que Deus não é tão poderoso assim como diz a bíblia.
Mas tenho uma notícia pra lhe dar: não olhe para esse dia com os olhos naturais. Pode até parecer que tudo acabou e que as coisas não fazem mais sentido pra você, mas Deus não precisa de espetáculo para mostrar que está agindo. O momento de maior silêncio no mundo, foi também o momento de maior resposta de Deus para toda a humanidade. No silêncio do sepulcro, Jesus venceu a morte, o pecado e nos garantiu também a vitória!
A aparente ausência de Deus, na verdade é apenas os preparativos para o domingo de ressurreição, uma manhã de túmulo vazio, de Glória e de renovação de esperança que alcançará todas as gerações.
Deixa Jesus mostrar pra você que o "domingo" chegará em sua vida, que Todas as Promessas que Ele lhe fez se cumprirão, apesar das circunstâncias lhe mostrarem o contrário. Ele ressuscitou e é invencível diante de todas as coisas e pessoas, anjos e demônios. Ele foi coroado de Glória e Seu nome está sobre todo nome. Foi Ele quem fez a promessa de estar com você todos os dias, nos sábados de silêncio e nos domingos de resposta! FELIZ DOMINGO DE PÁSCOA! DOMINGO EM QUE A GLÓRIA DO UNIGÊNITO DE DEUS FOI MANIFESTA NA TERRA. Dia em que todas as suas esperanças se renovam diante do Deus FIEL!
Adriana Garcia

domingo, 20 de março de 2016

NEM TUDO QUE É LEGAL,É MORAL. DECIDIR PELA MORAL É UMA FORMA DE MORALIZAR A LEI!


Quando a corrupção deixa de ser uma prática comum da política brasileira e passa a ser uma ordem, institucionalizada e monitorada pelo próprio Estado, ela tem o potencial de paralisar um país, deixando-o inadministrável. É isto que eu considero que está ocorrendo agora. Portanto, qualquer ato extremo do judiciário brasileiro, neste contexto, torna-se válido diante de um caos instalado por quem deveria manter a ordem e o progresso de uma nação.
O Congresso Nacional e o Senado estão tão comprometidos com crimes de corrupção quanto o Poder Executivo, o que explica sua inércia ao longo dos últimos anos. A política no Brasil tem sido exercida no modelo dos diálogos vergonhosos que temos ouvido em rede nacional. Tudo que sempre aconteceu às escondidas, está sendo colocado nas praças, como diz a bíblia. Não há nada oculto que um dia não seja revelado. É claro que quem se dispõe a revelar a verdade, acaba por sacrificar-se em prol dela, colocando sua vida, família e carreira em risco. Mas atitudes de honra sempre vão requerer uma dose a mais de ousadia e de riscos. Eu me pergunto: "o que eu faria no lugar do Juiz Sérgio Moro"? Não entendo de leis, mas entendo que existem atitudes que são morais, mesmo que em algum momento, estejam fora da Lei. Nesta operação Lava Jato, os investigados são uma parte envolvida no processo. A outra parte é o povo brasileiro, que foi roubado à luz do dia. Portanto, todas as partes do processo precisam ter acesso a ele. Publicar na mídia o conteúdo das conversas num contexto em que um investigado está prestes a tornar-se ministro para livrar-se da cadeia, é colocar a outra parte do processo a par da real situação. É dizer a verdade, mesmo que não se consiga manter a paz.
Para mim, a divulgação das conversas entre envolvidos no esquema de corrupção e a atual presidente do Brasil, não foi só uma atitude moralmente aceitável, um ato de coragem. Foi sim, a única forma de proteger a operação e os juízes nela envolvidos, suas famílias, de qualquer retaliação ou mesmo sofrer um processo de descontinuidade das investigações quando se está bem próximo da verdade. Ter a opinião pública a favor da Lava-Jato, que não se resume ao Juiz Sérgio Moro, mas a uma equipe de trabalho, é também fazer pressão sobre as outras instâncias do poder judiciário para que não recue e não se deixe intimidar, apresentando uma sentença esperada pela maioria da população brasileira: a condenação de TODOS os culpados e a devolução ao patrimônio público. de TODOS os bens roubados. Não creio que MORO arriscaria a pele só pra ter projeção pessoal. A projeção pessoal acabou sendo consequência de um trabalho sério e perseverante e também, ultimamente, uma tentativa de se manter vivo diante de ameaças de poderosos que estão acostumados a matar quem atravessa seu caminho.
O povo brasileiro,em sua maioria, não tem esperança na classe política (executivo e legislativo) e a interferência notória do judiciário em investigar e punir os ladrões de terno e gravata, faz com que a nação coloque todas as suas expectativas no poder judiciário para que não só a justiça seja feita, mas haja uma implosão dessa maneira vergonhosa de fazer política, iniciando um novo ciclo de governabilidade, com uma nova forma de governar que não seja espoliando a nação.
Toda e qualquer decisão da justiça, neste contexto, parece uma decisão política. Mas na verdade, isso acontece não porque o judiciário está partidário, mas porque a maioria dos investigados por crimes graves contra a nação, são políticos. Recuar seria uma decisão política, pois alguns interpretariam o atual governo comprando a justiça. Avançar seria uma decisão política, pois alguns interpretariam a oposição comprando a justiça.
Meu desejo sincero é que a verdade seja revelada em sua plenitude e os culpados, independente de seus partidos,sejam rigorosamente punidos, pois a impunidade no Brasil é a responsável pela generalização da corrupção atual, da qual todos somos vítimas, em maior ou menor grau. O sangue dos inocentes mortos pelo descaso do Estado, só interessado em manter-se no poder e enriquecer-se a particularmente, está clamando. O fato é que estamos vivendo também uma crise de liderança, mas creio que a punição dos atuais políticos envolvidos em crimes, irá ser a melhor forma de se selecionar novos representantes que encontrarão o país quebrado, mas serão obrigados a desenvolver o mínimo de temor a Deus sempre que estiverem decidindo os rumos da nossa nação. Que a Lava Jato aproveite e Lave o Brasil. Que não seja apenas um marco histórico, regido por um clamor emocional e irracional. Que seja uma nova era de políticos e de eleitores mais conscientes de que a corrupção pode destruir uma nação. Que a maior riqueza de um país é um povo honesto que trabalha e produz com dignidade, construindo um futuro para as próximas gerações pautado na justiça e na equidade.
Adriana Garcia

segunda-feira, 7 de março de 2016

DUAS MULHERES, UMA HISTÓRIA!


Continuando a sequência de reflexões sobre mulheres, vamos escrever hoje sobre duas irmãs: Lia e Raquel. Como coadjuvantes, suas duas servas, respectivamente: Zilpa e Bila. Os filhos dessas mulheres tiveram como pai Jacó e deram origem às 12 tribos de Israel.
Jacó havia fugido de sua casa, devido à fúria do seu irmão Esaú, após ter perdido a bênção da primogenitura, através de um plano ardiloso articulado por Rebeca e executado por Jacó. Agora, fugitivo, ele foi em direção aos parentes de sua mãe. Encontrou Raquel e descobriu que aquela bela jovem era filha do seu tio, Labão. Raquel tinha uma irmã mais velha que não apresentava a mesma beleza que ela. Jacó apaixonou-se por Raquel e por ela ele trabalhou 7 anos. Mas foi enganado por seu tio Labão que deu a ele como esposa a sua filha mais velha, Lia. Jacó, ao reclamar do engano, consegue a mulher de sua vida como esposa, mas na condição de ter que trabalhar mais 7 anos para Labão. Seu amor por Raquel era tão intenso que para ele, aqueles anos trabalhados pareceu-lhe uns poucos dias.
Diante desse contexto, eu gostaria de falar dessas duas irmãs, identificando suas dores, suas características, suas derrotas e conquistas nessa caminhada, partilhando o mesmo marido.
Lia, provavelmente com uma baixa autoestima, talvez hoje seria reconhecida pela sociedade como encalhada. Foi entregue como esposa a um homem que ela sabia que não a amava, e sabia que o coração dele pertencia à sua irmã. O que pensar de uma "primeira noite" com alguém que está com você pensando que você é outra pessoa? Imagino uma mulher com feridas profundas na alma. Mas Deus a abençoou com filhos. Seis, dos doze filhos de Jacó, foram gerados no ventre de Lia. Mesmo assim, as suas carências emocionais eram gritantes ao ponto de colocar os nomes de seus filhos sempre com uma sede enorme de ser amada por seu esposo. Mas chegou o tempo em que ela louvou ao Senhor, quando deu o nome de seu quarto filho de Judá. Ela então conformou-se com o desprezo por parte de Jacó e passou a viver a sua vida sem mais expectativas a esse respeito.
Raquel, apesar de bela e amada por seu marido, era estéril e nutria uma inveja terrível de sua irmã por causa dos filhos que Lia havia dado a Jacó. Raquel sentiu-se ferida de outra maneira. Ela casou-se com um homem que a amava, mas sua necessidade de ser mãe e competir com sua irmã, suplantava o brilho de ter um amor conjugal que só pertencia a ela. Raquel sentia-se tão humilhada e vivia uma vida de amargura que chegou a enfrentar o seu marido dizendo: "dá-me filhos, ou morrerei". Ela não amava Jacó. Sua atenção estava voltada para seu papel de procriar e poder vencer a sua irmã. Prova disso que ela "alugou" Jacó por uma noite para deitar-se com a apaixonada e desprezada Lia, em troca de umas mandrágoras trazidas pelo filho de Lia que Raquel acreditava ser algo que a ajudaria a engravidar. Finalmente, Raquel engravidou e teve um filho. Isso não foi suficiente para dar-lhe alegria. Somente a experiência de ser mãe não a fez sentir-se honrada. Ela continuou insatisfeita ao ponto de, algum tempo depois, engravidar e morrer no parto de seu segundo filho.
Esse é um drama que parece moderno, mas é tão antigo quanto os conflitos da raça humana caída.
Com quem você se identifica? Com Lia ou com Raquel?
Talvez, como Lia, você não tenha seu amor correspondido, você não se sinta tão bonita e mesmo com todos os seus esforços, a pessoa que você ama, tem olhos para outro alguém. Hoje, Deus quer dar a luz Judá, que significa louvor! Você pode encontrar seu significado e ser honrada pelo Senhor sem mais mendigar o amor de quem quer que seja. O amor de Deus nos preenche de tal maneira que nos mostra o nosso real e precioso valor. Ele nos tira de um lugar de rejeição e nos aceita em seus braços!
Talvez, como Raquel, você tenha o amor de um homem, mas não agradece, porque sua atenção nunca está naquilo que você tem, mas naquilo que lhe falta. Você é murmuradora, inveja até pessoas que gostariam de estar no seu lugar. Você é amarga e não se contenta com o que tem. Você usa as pessoas que lhe amam para alcançar seus objetivos pois você é uma pessoa egocêntrica, egoísta e quer que todos vivam em função de realizar seus desejos. Olhe para o que você tem! Agradeça pelo que você se tornou, mesmo que ainda não seja o que você gostaria. Não olhe mais para as pessoas achando que elas têm algo que é seu direito ter. Viva sua história e suas experiências com Deus. Caso contrário, a realização de seu sonho, assim como Raquel, custará sua vida!
Deus tem poder, em Jesus, de curar Lias e Raquéis, dando-lhes um novo destino de realizações e propósitos eternos, com um coração repleto de amor, derramado pelo próprio Deus, único capaz de nos completar e nos dar significado e vida abundante!
Adriana Garcia.

sábado, 5 de março de 2016

PODE UMA MÃE AMAR MAIS UM FILHO DO QUE OUTRO?


Na sexta reflexão sobre mulheres da bíblia, falaremos sobre Rebeca. Ela teve uma história linda com seu amado Isaque - o filho da promessa de Deus a abraão. Eles foram apresentados através de um propósito que o servo de Abraão fez com Deus para encontrar uma esposa ideal pra Isaque que fosse da mesma parentela. Sara havia morrido e era a hora de Isaque crescer. Um jovem próspero que ficou ainda mais rico com o passar dos anos. Rebeca era uma felizarda. Entrou na história dos patriarcas do povo de Israel. De repente, Deus ouviu a oração de Isaque, e Rebeca engravidou de gêmeos. Nascem Esaú e Jacó. A família estava completa. Ela era esposa e mãe, cheia de promessas para receber através de sua descendência. Mas Rebeca cometeu erros terríveis como mãe. Infelizmente, com o aval de seu esposo também. Havia uma preferência de Isaque por Esaú e uma preferência de Rebeca por Jacó. A mãe sabia que o primogênito era Esaú, mas tinha em seu coração o desejo de ver Jacó abençoado pelo pai como primogênito, mesmo porque o destino de Jacó lhe fora revelado pelo próprio Deus, ainda quando os dois filhos estavam no seu ventre. Jacó, na hora do nascimento, puxa o pé do seu irmão que vem primeiro, mas já lutando pelo seu lugar. Por isso o nome Jacó - Usurpador, enganador, trapaceiro. Característica marcante na vida dele antes mesmo de vir ao mundo. Quando cresceram, os irmãos tinham características físicas, temperamentos e habilidades totalmente diferentes. Jacó era pacato e vivia em tenda. Esaú era caçador e vivia no campo.Certo dia, quando Jacó preparou um cozido delicioso, Esaú chegou com muita fome e pediu aquela comida. Jacó aproveitou-se da ocasião e propôs que o irmão vendesse seu direito de primogenitura em troca daquele prato. Esaú aceitou a troca, mostrando, com isso, dar pouco valor pelo direito de primogenitura.
Esaú casou-se com mulheres que foram motivo de amargura para seus pais. Mas o episódio que marcou a história daquela família foi a trama de Rebeca para Jacó receber a bênção dada ao filho primogênito antes da morte de Isaque. Isaque estava velho e já não enxergava mais. Ele queria dar a bênção para seu filho Esaú não só por ser, de fato, primogênito, mas também seu preferido. Ele pediu que Esaú preparasse uma comida saborosa e trouxesse até ele e depois lhe daria a bênção. Receba, sabendo disso, orientou Jacó a passar-se por seu irmão, preparou a comida, deu todas as coordenadas, inclusive vestindo roupas de Esaú em Jacó, colocando sobre ele peles de cabrito para parecer peludo como era seu irmão. Mesmo Jacó temendo fazer o que sua mãe dizia por saber que era errado, ela insistiu e ainda disse: "que sua maldição recaia sobre mim". A trama teve prosseguimento e Jacó chegou primeiro junto ao Pai que o abençoou. Rebeca, levou sua predileção por Jacó até as últimas consequências aos ponto de prejudicar o seu outro filho e enganar, de forma vil, o seu idoso marido que já estava cego. Esse episódio fez com que Esaú passasse a odiar seu irmão ao ponto de planejar matá-lo. Rebeca, sabendo disso, mandou que Jacó fugisse para bem longe dali, para junto de seus parentes.
É lamentável que uma mãe chegue a esse ponto de induzir um filho a conquistar, através de meios ilícitos, suas promessas. Ela foi personagem ativa em toda a situação. Quase tornou-se responsável por uma tragédia ainda maior envolvendo morte. Rebeca mentiu, enganou, persuadiu... como classificá-la? Que exemplo Jacó tinha dentro de casa hein? Imagine se Esaú descobrisse que sua mãe estava por trás de tudo isso, o tempo todo, quão terrível seria a sua dor emocional e o sentimento de rejeição de quem lhe deu a luz?
Infelizmente, há muitas mulheres assim hoje, cujo caráter é reprovável e suas preferências por um filho em detrimento de outro tem gerado guerras infindáveis dentro de sua própria casa. A desonra ao marido para "ajudar" e "proteger" um filho predileto, os maus conselhos, enfim. Mães assim estão legitimando um péssimo caráter, exatamente, na vida dos filhos que elas protegem. Quantas, hoje, ficam contra a professora, a diretora da escola, contra tudo e contra todos para defender seus rebentos mesmo quando eles estão totalmente errados e nem se dão conta do grave engano que estão cometendo? Quantas, ao invés de corrigirem seus filhos, os motivam a pecar e são até exemplo, em suas próprias vidas, desses enganos? Rebeca teve um casamento que tinha tudo pra ser equilibrado e uma família que tinha tudo pra ser feliz, mas suas falhas de caráter acabaram definindo, drasticamente, o futuro de seus dois filhos.
Minha oração é que sejamos mães sábias, bons exemplos de caráter. Que saibamos amar todos os nossos filhos, protegendo quando necessário, mas corrigindo da mesma forma. Que influenciemos cada um deles a conquistar com méritos e com honestidade aquilo que Deus tem reservado para eles. Que honremos nossos maridos e não nos tornemos cúmplices do pecados nos nossos filhos!
Adriana Garcia.

sexta-feira, 4 de março de 2016

UMA MULHER QUE OLHOU PARA TRÁS


Nem todas as mulheres citadas na bíblia, estão com seus nomes especificados. Este é o caso da mulher de Ló. Ele era sobrinho de Abraão. Apesar de Abraão ser chamado por Deus com uma determinação de que ele deveria deixar TODA A SUA PARENTELA, restou-lhe um sobrinho que ele levou junto em sua jornada. Em algum momento da caminhada, a riqueza de ambos, o número de pastores e servos, passou a atrair um grande problema de relacionamento entre eles. Abraão então dá para Ló a opção de escolher um lugar pra viver distante de seu tio. Ló olha para as margens do Jordão, lugar irrigado e produtivo e vai para lá com sua família. Abraão segue pelo caminho inverso.
O lugar que Ló escolheu pra viver era habitado por pessoas más. Conhecemos bem essas cidades: Sodoma e Gomorra. Era uma região em que havia muito pecado sexual. Podemos dizer que tudo que vivenciamos hoje, todas as aberrações e práticas sexuais nocivas ao corpo, à alma e ao espírito humano, eram habituais para eles. Jó foi atraído pela aparência daquela cidade, mas acabou por colocar sua família numa área de risco iminente, devido a iniquidade com que aquele povo vivia.
Deus havia dado uma sentença de destruição para aquelas cidades devido os seus muitos pecados, sem nenhum temor! Abraão, sabendo que seu sobrinho estava lá, tornou-se intercessor por ele diante de Deus! Com isso, Ló e sua família foram avisados por mensageiros da parte de Deus de que deveriam sair dali se quisessem ser salvos. A ordem era clara. Mesmo assim, Ló se atrasou. A Bíblia fala que os mensageiros tiveram que pegá-los pelo braço e levá-los para fora dali. Deus havia dito que eles não deveriam olhar para trás. Mesmo assim, a mulher de Ló não resistiu e olhou para trás e, imediatamente, foi transformada numa estátua de sal.
Aquela mulher foi alvo da intercessão de Abraão e teve todas as chances de viver uma nova vida em outro lugar e em outra circunstância fora dali. Mas seu olhar estava voltado para aquilo que Deus abomina. De alguma forma, a mulher de Ló já havia se adaptado àquele ambiente. Quando estamos fugindo ou desejando sair de um lugar, o nosso olhar é para a porta de saída e não para trás. Talvez ela tenha feito amigos ali, talvez sentiria saudades, por isso queria dar um último adeus e não obedeceu a simples ordem de não olhar para trás. Ela foi alvo do amor de Deus, pois Ele já havia executado o plano de salvar toda a sua família, mas ela escolheu a destruição da própria vida.
Infelizmente, existem muitas mulheres assim hoje, que tem escolhido um caminho oposto ao de Deus. Elas se identificam com os pecados de "Sodoma e Gomorra". Elas se prostituem, cometem todo tipo de pecado com seus corpos. Tornam-se objetos sexuais e ardem em desejos que estão lhes levando cada vez mais longe de Deus e Seus propósitos. Não há nelas nenhum sentimento de temor e arrependimento. Pelo contrário, orgulham-se de seus pecados e vivem uma vida independente que as está levando à morte eterna. Seus olhos não estão no caminho que os mensageiros de Deus estão apontando, mas estão em seus desejos carnais e nas seduções deste século. Não têm pudor, nem respeito a nada. Assim como a mulher de Ló, essas mulheres sempre serão alvos do amor de Deus, mas só conseguirão usufruir dele quando desviarem seus olhos do que é mal e vislumbrarem uma nova dimensão que purificará suas vidas e lhes dará dignidade de verdade!
Existem muitas mulheres que tem escolhido ficarem paralisadas em seus pecados, em suas opiniões, com suas amizades cheias de impiedade e transgressões. Ló e suas duas filhas seguiram sozinhos. E os estragos na vida daquela família estavam só começando. Aquelas duas meninas, provavelmente, influenciadas pela criação que tiveram de sua mãe e das pessoas daquelas cidades, agora destruídas, embebedaram seu pai, Ló, e tiveram relações sexuais com ele. Elas geraram filhos do próprio pai que deram origem a dois povos: os amonitas e os moabitas, ambos amaldiçoados por Deus, por terem sido fruto desse incesto.
Uma mulher desprovida de temor e influenciada por uma sociedade corrupta, torna-se incapaz de reconhecer a salvação que Deus tem pra lhe dar e acaba sendo instrumento de maldição para si mesma e para as próximas gerações!
Que eu e você não olhemos para trás, não nos deixemos levar por valores e princípios impostos por uma sociedade adúltera e promíscua que está prestes a ser destruída por Ele. Que Busquemos a santificação e sejamos um canal de bênçãos na vida dos nossos filhos para que a nossa descendência seja próspera e tema a Deus!
Adriana Garcia.

quinta-feira, 3 de março de 2016

UMA MÃE DE MULTIDÕES


Eis a terceira mulher da nossa aventura: SARA! Deus começou a execução de seu plano redentor, fazendo um povo para Ele, diante do qual se manifestaria, ensinaria as Suas leis para que esse povo tivesse êxito em sua caminhada na terra e representasse a maneira que Deus planejou para o homem viver! Então, Ele falou com Abraão, esposo de Sara, sobre seu objetivo e disse para Abraão sair de sua casa, da sua parentela e ir para uma terra distante, onde sua descendência seria estabelecida e, através dele, todas as famílias da terra seriam abençoadas!
Portanto, o Pai da fé e grande patriarca de Israel, juntamente com sua esposa, caminharam rumo ao que Deus havia lhes mandado! Eis uma virtude de Sara: foi submissa a missão de seu esposo e desapegou-se de sua parentela para segui-lo. Muitas mulheres tropeçam hoje, porque não possuem o discernimento necessário sobre sua função quando formam uma nova família. Elas resistem a desvincularem-se de seus parentes e nem sempre estão dispostas a irem onde seus esposos precisam ir ou estar. Outra característica de Sara foi crer na Palavra de Deus, pois Deus não disse para onde eles iriam exatamente. Deus disse que iria mostrar, mas eles precisavam ir primeiro. Muitas mulheres não querem dar passos de fé, diante de desafios. Elas só se movem quando estão completamente no controle da situação e querem saber de cada detalhe antes de obedecerem ao que Deus lhes manda. Sara, neste episódio, expressou sua inteira dependência de Deus!
Mas o tempo foi passando e o casal foi envelhecendo. De repente, considerando que Sara não engravidara, ela concluiu que era estéril. Esse fato era uma humilhação para uma mulher naquela época e cultura. Talvez, seus conflitos interiores eram ainda maiores por conta daquela promessa de Deus ao seu marido: "Tua descendência será tão grande que você não conseguirá contar. Será como as estrelas no céu e como os grãos de areia no mar". Em algum momento, Sara viu-se incapaz de ser a protagonista desta história junto com Abraão, por isso, tomou a decisão mais desastrosa da sua vida que até hoje atinge a história do mundo inteiro. Ela já estava em idade bastante avançada, já cansada de esperar um milagre em seu ventre, orienta seu esposo a ter relações com a sua criada, Hagar. Assim ele faz e, neste ato, Ismael é gerado. Filho de Abraão, mas não de Sara. Quando Ismael era adolescente e o casal da promessa de uma descendência incontável já estava quase centenário, um anjo anuncia que um menino nasceria. Sara ri da situação, talvez até com um pensamento assim: "você está brincando com a minha cara! Eu nem tenho mais relações sexuais com meu marido!" Por causa do riso de Sara, Deus escolheu para aquele menino o nome de Isaque, que significa Riso. As famílias seriam abençoadas por Sara e Abraão e isso aconteceria de maneira sobrenatural, quando não houvesse mais nenhuma possibilidade humana. É assim que Deus age. Mas agora, Abraão tinha dois filhos. O primeiro, gerado pelo atalho que Sara indicou e o segundo, gerado pela manifestação do poder de Deus, que faz com que uma mulher estéril e avançada de idade gere um filho. Assim, gostaria de aplicar essa experiência de Sara conosco. Quando Deus nos faz uma promessa, ela não precisa da nossa "mãozinha" para que se cumpra. Ele é totalmente capaz de prover os meios. A existência de Ismael começou a causar desconforto a Sara que agora queria somente que o seu filho fosse legitimado como tal. Essa história é a causa do constante conflito no Oriente Médio entre Palestinos e Israelitas, Muçulmanos e Judeus. Dois povos gerados de Abraão, através de seus filhos Ismael e Isaque. O primeiro, fruto de um atalho. O segundo, fruto de uma promessa. Ambos se acham no direito de tomar posse daquelas terras.
Em nossas vidas, quando fazemos atalhos para ver a promessa de Deus se cumprir, teremos que conviver com os "Ismaeis" que arranjamos com a força do nosso braço e de nossa opinião carnal. Muitas vezes, amargamos experiências que Deus queria nos poupar, pois Ele tinha um "Isaque" para nos presentear. No caso de Sara, sua "sugestão" ao seu marido de ter um filho com a criada vem atravessando muitas gerações com conflitos mortais. E em nosso caso? Quais tem sido os prejuízos de escolhas erradas e precipitadas?
Minha oração é que, como esposas, sejamos destemidas em encarar os desafios ao lado de nossos maridos e saibamos nos "desligar" da nossa parentela para viver a nossa própria história, mas que, na caminhada de fé, jamais venhamos a nos atropelar achando que Deus esqueceu do que prometeu. Tudo que geramos pela dúvida, causa prejuízos terríveis. Tudo que é gerado pela força de uma opinião desvinculada da vontade de Deus pode afetar a nossa descendência para sempre!
Sara, mãe de multidões. Através de sua aliança com seu esposo e da aliança de ambos com Deus, um grande povo surgiu para abençoar todas as famílias da terra. Mas isso não significa que ela não errou. Sara encontrou atalhos que lhe trouxeram grandes dificuldades! Que em nossa história, não haja espaço para "Ismaeis" e que estejamos preparadas para receber o nosso "Isaque", que é plano e promessa de Deus, à maneira Dele e não à nossa maneira.
Adriana Garcia.

quarta-feira, 2 de março de 2016

ELA CARREGOU A ESPERANÇA


Inicialmente, pensei em falar das mulheres da bíblia conforme seus nomes iam aparecendo. Mas não me contive ao perceber que, depois de Eva, o texto bíblico fala de uma mulher que só saberíamos o nome milhares de anos mais tarde! Refiro-me a MARIA. Uma mulher profetizada em Gênesis 3:15 pelo próprio Deus quando sentenciou a serpente. Eis o texto para maior compreensão: "Porei inimizade entre você e a mulher, e entre seu descendente e o descendente dela; ele ferirá sua cabeça e você lhe ferirá o calcanhar" Esse foi o primeiro texto que apontava para Jesus como descendente de uma mulher que iria derrotar satanás e dar uma nova oportunidade para a humanidade relacionar-se com o Seu Criador. O salvador não chegaria ao mundo numa espaçonave, nem como um anjo. Ele nasceria do ventre de uma mulher. Gênesis não diz o seu nome, mas nós temos a bíblia completa hoje e podemos dizer que seu nome foi Maria. Então, posso me arriscar a dizer que após a queda da primeira mulher, Deus apresenta um plano salvívico para toda a humanidade e inclui neste plano, a participação de uma mulher! 
Ela foi chamada bem-aventura entre todas as mulheres. Era uma adolescente, estava noiva. Como uma judia, tinha se guardado para seu esposo. Logo teve experiências sobrenaturais. Viu e ouviu anjos. Recebeu todas as informações necessárias para ficar tranquila e sentir-se privilegiada com o que aconteceria nos próximos dias. Fico a pensar o comportamento íntegro daquela mulher para Deus tê-la escolhido como instrumento que iria carregar o Seu Filho, gerado pelo Espírito. Eis a primeira aplicação. Se eu ou você tivéssemos vivido naquela época, seríamos escolhidas para carregar o Salvador em nosso ventre? Para ser coadjuvantes dessa extraordinária história que dividiu a humanidade em Antes e Depois Dele? Imagino que Deus observava as jovens judias e tinha uma expectativa de encontrar alguém especial, apesar de humana e falha. Eva havia conversado com a serpente e se deixou dominar por suas mentiras. Deus procurava uma mulher para gerar em seu ventre Aquele que é a verdade e libertaria todos os descentes de Adão e Eva do engano e do pecado!
Maria, possivelmente, tinha uma boa família, tão íntegra como ela, que soube escolher o noivo que iria desposá-la. Um homem temente a Deus e que foi visitado, em sonho, por anjos, para entender tudo que estava acontecendo e colocar-se como um pai para Jesus, honrando sua noiva e vivendo algo, que para aquela época, era revolucionário: Casar-se com uma pessoa grávida de um filho que não era seu.Havia um entendimento de José e Maria que sobrepujava as aparências pois eles recebiam de Deus até mesmo a revelação do nome que a criança deveria ter e o que ela faria na Terra. Esse casal sempre contou com a graça de Deus em sua missão de ser a família terrena de Cristo.
Existem dois episódios na vida dessa mulher que eu gostaria de registrar: Quando Jesus tinha 12 anos, a sua família foi até Jerusalém participar de uma festa judaica. Quando terminou aquele evento, Jesus permaneceu no templo conversando com doutores da lei e todos se admiravam Dele. Maria e José já estavam na estrada, voltando para casa, quando sentiram falta de Jesus. Então, preocupados, como todos os pais ficam quando "perdem seus filhos de vista" voltaram a Jerusalém para procurar o menino. Ao encontrarem Jesus, Maria tenta repreendê-lo e pela primeira vez, Jesus esclarece àquela mulher que a Missão Dele é tratar das coisas do Pai. Maria era alertada por anjos sobre a missão. Mas o tempo ia se passando e o próprio Messias ia se posicionando como Filho de Deus e a bíblia relata que Maria guardava aquelas palavras que Ele falava em seu coração. Ela era lembrada de que sua participação na história de Cristo era numa dimensão terrena e Ele estava entrando numa dimensão espiritual de uma missão que ultrapassaria aquela geração e abalaria os céus, a terra e o inferno!
Um outro episódio, é quando Jesus realiza o primeiro milagre, Ele e sua família estavam num casamento e faltou o vinho. Isso era vergonhoso para os noivos não terem mais vinho para oferecer aos convidados. Jesus manda que os criados coloquem água nas jarras para transformá-las em vinho. Neste momento, Maria, talvez lembrando-se que não se tratava de seu filho, mas do Filho de Deus, diz aos criados que a viam como apenas uma mãe de um jovem: "façam TUDO que Ele mandar". Naquele momento do primeiro milagre, aquela que o carregou em seu ventre, se submeteu a Ele, como um exemplo a ser seguido por todos nós! Ele é maior do que aquela que o carregou e sempre será. Maria sabia disso!
Existem alguns cuidados que devemos ter quando nos reportamos a essa personagem bíblica. Maria deve ser considerada bem-aventurada entre todas as mulheres, pois foi encontrada fiel para carregar em seu ventre um ser gerado do próprio Deus. Mas ela não é maior do que QUEM esteve em seu ventre durante alguns meses. Portanto, lhe devemos admiração, respeito e até mesmo seguir seu exemplo, mas jamais lhe deveremos adoração. A bíblia não relata mais nada relevante a respeito dela. Ela teve filhos e filhas com José. Portanto, não foi eternamente virgem. A história da Igreja primitiva não relata nenhum milagre feito por ela. E mesmo que isso tivesse acontecido, não seria motivo de adorá-la. Ela não morreu por ninguém. Não ressuscitou. Mesmo que tivesse feito milagres como foi o que aconteceu através dos apóstolos, jamais seria algo vindo dela mesma, somente algo gerado pelo poder do nome de Jesus, morto e ressurreto! Ontem, hoje e sempre, se formos instrumento de milagres operados por Jesus através de nós, será simplesmente impossível requeremos qualquer adoração para nós! Quem realiza milagres e requer ou recebe adoração, acaba denunciando que aquele milagre não tem Deus como fonte, pois Deus não divide a Glória Dele com ninguém!
Eis mais uma mulher. Que, como ela, possamos ser coadjuvantes numa história de transformação do mundo hoje ainda. Afinal, quando conhecemos a Jesus, nossa vida é transformada. Podemos deixar que Jesus viva dentro de nós e podemos falar daquilo que Ele faz e pode fazer na vida das pessoas que O buscam e creem Nele. Podemos, como Maria, ensinar as pessoas a obedecerem o Mestre. Podemos ser mulheres-canal que carregam a Glória de Deus por onde andam e sabem exatamente até onde podem ir e até onde Deus pode nos levar para a salvação e libertação de muitas vidas hoje!
Que sejamos as bem-aventuradas desta geração!
Adriana Garcia.

terça-feira, 1 de março de 2016

A PRIMEIRA MULHER!


Começando uma série de reflexões sobre as mulheres da bíblia, acho justo falar da primeira delas. Eva teve o privilégio de ser fruto de um trabalho minuncioso da Trindade, quando fez Adão dormir e, de sua costela, encontrou material suficiente para fazer um novo ser! É interessante que Eva é única em muitos aspectos: não teve mãe e pai, não teve sogros, nem irmãos, nem cunhados, nem tios e nem primos. Ela foi privilegiada por inaugurar a história feminina na criação de Deus. 
Posso observar dois extremos em seu percurso aqui na terra: Ela foi a única mulher que teve comunhão absoluta, completa com Deus - portanto viveu harmoniosamente com seu esposo e com a natureza que lhe cercava, antes do pecado. Mas ela também foi a pessoa que decidiu ouvir a criatura (serpente) no lugar de continuar acreditando no caráter e nas Palavras do Seu Criador. Portanto, Eva teve a oportunidade de estar em duas posições extremas diante de Deus. Perfeita comunhão e Total perda de comunhão.
Ela ouviu do próprio Deus a sua sentença, devido o seu pecado. Teria dores de parto e seu desejo seria para seu marido. Apesar de todas as técnicas para abolir as dores de parto nos dias atuais, creio que essa maldição não se limita apenas àquele momento. Nós, mulheres, sabemos muito bem o quanto nos custa cuidar, proteger, educar os nossos filhos, o que gera sim, uma dor misturada com um privilégio. Isso só aconteceu por causa do pecado. Gerar filhos deveria ser apenas um privilégio, mas tornou-se um grande desafio cujo protagonista acaba sendo a mãe, conforme a história nos mostra ao longo dos anos. A outra sentença, talvez mais difícil, foi abdicar do seu desejo, submetendo-se à liderança de seu marido. Na verdade, a grande perda aqui não é submeter-se, mas saber que a submissão é a alguém também caído pelo pecado, que nem sempre agirá como deve. Esse conflito atravessa os séculos! Mas Eva também carregou o peso de deixar de ser esposa do único e principal governante de toda a criação, para ser esposa de um homem que teve que "suar a camisa" para arar a terra, já não mais fértil como antes! Os animais, as plantas, tudo foi afetado por uma decisão errada! Eva teve seus traumas como mãe. Perdeu dois filhos de uma só vez: Caim matou Abel e depois fugiu, errante pela terra. Talvez ela nem conseguisse imaginar o que viria pela frente, o que todos os seus descendentes sofreriam por causa de sua decisão.
Mas o que Eva perdeu de verdade foi a vida eterna, foi a comunhão com Deus, foi a oportunidade de relacionar-se com Ele todos os dias e de viver os planos maravilhosos que Ele traçou quando colocou-a no paraíso. Nada lhe faltava. Ela não precisou nem mesmo sofrer para encontrar o homem certo (rsrsr). Mas suas escolhas trouxeram consequências que chegam até nós!
Costumamos lembrar dela como "culpada", mas hoje, apesar de não estarmos no paraíso como ela estava, temos as mesmas chances de acertar e errar, sabendo que, de uma forma ou de outra, a nossa descendência também será afetada. Podemos optar, através de Jesus, em ouvir a voz de Deus e seguir os Seus planos para nós, ou vivermos numa dimensão caída e degenerada dando crédito para o inimigo e afastando-nos cada vez mais do propósito para o qual Deus nos criou.
Talvez, no lugar dela, faríamos a mesma coisa. Nos encantaríamos com as "boas aparências" dos frutos sugeridos pela serpente. Temos as nossas próprias lutas e, diariamente, precisamos fazer escolhas que nos manterão livres ou nos tornarão prisioneiras. Eu sou tataratataratataratatara e mais 100 vezes tatara neta de Eva e a boa notícia é que Jesus veio para nos dar todas as possibilidades de nos libertarmos do pecado e da morte. Jesus nos resgata de nossos caminhos tortuosos e faz novas veredas diante de nós. Ele nos capacita a entrar numa dimensão elevada da Vontade do Pai e a ignorar as artimanhas e mentiras da serpente. Em Jesus, a descendência de Eva pode ser abençoada e um dia conhecer e viver no paraíso - .lugar de onde Eva foi expulsa - na companhia eterna do Pai, do Filho e do Espírito Santo!
Adriana Garcia.