sábado, 5 de março de 2016

PODE UMA MÃE AMAR MAIS UM FILHO DO QUE OUTRO?


Na sexta reflexão sobre mulheres da bíblia, falaremos sobre Rebeca. Ela teve uma história linda com seu amado Isaque - o filho da promessa de Deus a abraão. Eles foram apresentados através de um propósito que o servo de Abraão fez com Deus para encontrar uma esposa ideal pra Isaque que fosse da mesma parentela. Sara havia morrido e era a hora de Isaque crescer. Um jovem próspero que ficou ainda mais rico com o passar dos anos. Rebeca era uma felizarda. Entrou na história dos patriarcas do povo de Israel. De repente, Deus ouviu a oração de Isaque, e Rebeca engravidou de gêmeos. Nascem Esaú e Jacó. A família estava completa. Ela era esposa e mãe, cheia de promessas para receber através de sua descendência. Mas Rebeca cometeu erros terríveis como mãe. Infelizmente, com o aval de seu esposo também. Havia uma preferência de Isaque por Esaú e uma preferência de Rebeca por Jacó. A mãe sabia que o primogênito era Esaú, mas tinha em seu coração o desejo de ver Jacó abençoado pelo pai como primogênito, mesmo porque o destino de Jacó lhe fora revelado pelo próprio Deus, ainda quando os dois filhos estavam no seu ventre. Jacó, na hora do nascimento, puxa o pé do seu irmão que vem primeiro, mas já lutando pelo seu lugar. Por isso o nome Jacó - Usurpador, enganador, trapaceiro. Característica marcante na vida dele antes mesmo de vir ao mundo. Quando cresceram, os irmãos tinham características físicas, temperamentos e habilidades totalmente diferentes. Jacó era pacato e vivia em tenda. Esaú era caçador e vivia no campo.Certo dia, quando Jacó preparou um cozido delicioso, Esaú chegou com muita fome e pediu aquela comida. Jacó aproveitou-se da ocasião e propôs que o irmão vendesse seu direito de primogenitura em troca daquele prato. Esaú aceitou a troca, mostrando, com isso, dar pouco valor pelo direito de primogenitura.
Esaú casou-se com mulheres que foram motivo de amargura para seus pais. Mas o episódio que marcou a história daquela família foi a trama de Rebeca para Jacó receber a bênção dada ao filho primogênito antes da morte de Isaque. Isaque estava velho e já não enxergava mais. Ele queria dar a bênção para seu filho Esaú não só por ser, de fato, primogênito, mas também seu preferido. Ele pediu que Esaú preparasse uma comida saborosa e trouxesse até ele e depois lhe daria a bênção. Receba, sabendo disso, orientou Jacó a passar-se por seu irmão, preparou a comida, deu todas as coordenadas, inclusive vestindo roupas de Esaú em Jacó, colocando sobre ele peles de cabrito para parecer peludo como era seu irmão. Mesmo Jacó temendo fazer o que sua mãe dizia por saber que era errado, ela insistiu e ainda disse: "que sua maldição recaia sobre mim". A trama teve prosseguimento e Jacó chegou primeiro junto ao Pai que o abençoou. Rebeca, levou sua predileção por Jacó até as últimas consequências aos ponto de prejudicar o seu outro filho e enganar, de forma vil, o seu idoso marido que já estava cego. Esse episódio fez com que Esaú passasse a odiar seu irmão ao ponto de planejar matá-lo. Rebeca, sabendo disso, mandou que Jacó fugisse para bem longe dali, para junto de seus parentes.
É lamentável que uma mãe chegue a esse ponto de induzir um filho a conquistar, através de meios ilícitos, suas promessas. Ela foi personagem ativa em toda a situação. Quase tornou-se responsável por uma tragédia ainda maior envolvendo morte. Rebeca mentiu, enganou, persuadiu... como classificá-la? Que exemplo Jacó tinha dentro de casa hein? Imagine se Esaú descobrisse que sua mãe estava por trás de tudo isso, o tempo todo, quão terrível seria a sua dor emocional e o sentimento de rejeição de quem lhe deu a luz?
Infelizmente, há muitas mulheres assim hoje, cujo caráter é reprovável e suas preferências por um filho em detrimento de outro tem gerado guerras infindáveis dentro de sua própria casa. A desonra ao marido para "ajudar" e "proteger" um filho predileto, os maus conselhos, enfim. Mães assim estão legitimando um péssimo caráter, exatamente, na vida dos filhos que elas protegem. Quantas, hoje, ficam contra a professora, a diretora da escola, contra tudo e contra todos para defender seus rebentos mesmo quando eles estão totalmente errados e nem se dão conta do grave engano que estão cometendo? Quantas, ao invés de corrigirem seus filhos, os motivam a pecar e são até exemplo, em suas próprias vidas, desses enganos? Rebeca teve um casamento que tinha tudo pra ser equilibrado e uma família que tinha tudo pra ser feliz, mas suas falhas de caráter acabaram definindo, drasticamente, o futuro de seus dois filhos.
Minha oração é que sejamos mães sábias, bons exemplos de caráter. Que saibamos amar todos os nossos filhos, protegendo quando necessário, mas corrigindo da mesma forma. Que influenciemos cada um deles a conquistar com méritos e com honestidade aquilo que Deus tem reservado para eles. Que honremos nossos maridos e não nos tornemos cúmplices do pecados nos nossos filhos!
Adriana Garcia.

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