segunda-feira, 7 de março de 2016

DUAS MULHERES, UMA HISTÓRIA!


Continuando a sequência de reflexões sobre mulheres, vamos escrever hoje sobre duas irmãs: Lia e Raquel. Como coadjuvantes, suas duas servas, respectivamente: Zilpa e Bila. Os filhos dessas mulheres tiveram como pai Jacó e deram origem às 12 tribos de Israel.
Jacó havia fugido de sua casa, devido à fúria do seu irmão Esaú, após ter perdido a bênção da primogenitura, através de um plano ardiloso articulado por Rebeca e executado por Jacó. Agora, fugitivo, ele foi em direção aos parentes de sua mãe. Encontrou Raquel e descobriu que aquela bela jovem era filha do seu tio, Labão. Raquel tinha uma irmã mais velha que não apresentava a mesma beleza que ela. Jacó apaixonou-se por Raquel e por ela ele trabalhou 7 anos. Mas foi enganado por seu tio Labão que deu a ele como esposa a sua filha mais velha, Lia. Jacó, ao reclamar do engano, consegue a mulher de sua vida como esposa, mas na condição de ter que trabalhar mais 7 anos para Labão. Seu amor por Raquel era tão intenso que para ele, aqueles anos trabalhados pareceu-lhe uns poucos dias.
Diante desse contexto, eu gostaria de falar dessas duas irmãs, identificando suas dores, suas características, suas derrotas e conquistas nessa caminhada, partilhando o mesmo marido.
Lia, provavelmente com uma baixa autoestima, talvez hoje seria reconhecida pela sociedade como encalhada. Foi entregue como esposa a um homem que ela sabia que não a amava, e sabia que o coração dele pertencia à sua irmã. O que pensar de uma "primeira noite" com alguém que está com você pensando que você é outra pessoa? Imagino uma mulher com feridas profundas na alma. Mas Deus a abençoou com filhos. Seis, dos doze filhos de Jacó, foram gerados no ventre de Lia. Mesmo assim, as suas carências emocionais eram gritantes ao ponto de colocar os nomes de seus filhos sempre com uma sede enorme de ser amada por seu esposo. Mas chegou o tempo em que ela louvou ao Senhor, quando deu o nome de seu quarto filho de Judá. Ela então conformou-se com o desprezo por parte de Jacó e passou a viver a sua vida sem mais expectativas a esse respeito.
Raquel, apesar de bela e amada por seu marido, era estéril e nutria uma inveja terrível de sua irmã por causa dos filhos que Lia havia dado a Jacó. Raquel sentiu-se ferida de outra maneira. Ela casou-se com um homem que a amava, mas sua necessidade de ser mãe e competir com sua irmã, suplantava o brilho de ter um amor conjugal que só pertencia a ela. Raquel sentia-se tão humilhada e vivia uma vida de amargura que chegou a enfrentar o seu marido dizendo: "dá-me filhos, ou morrerei". Ela não amava Jacó. Sua atenção estava voltada para seu papel de procriar e poder vencer a sua irmã. Prova disso que ela "alugou" Jacó por uma noite para deitar-se com a apaixonada e desprezada Lia, em troca de umas mandrágoras trazidas pelo filho de Lia que Raquel acreditava ser algo que a ajudaria a engravidar. Finalmente, Raquel engravidou e teve um filho. Isso não foi suficiente para dar-lhe alegria. Somente a experiência de ser mãe não a fez sentir-se honrada. Ela continuou insatisfeita ao ponto de, algum tempo depois, engravidar e morrer no parto de seu segundo filho.
Esse é um drama que parece moderno, mas é tão antigo quanto os conflitos da raça humana caída.
Com quem você se identifica? Com Lia ou com Raquel?
Talvez, como Lia, você não tenha seu amor correspondido, você não se sinta tão bonita e mesmo com todos os seus esforços, a pessoa que você ama, tem olhos para outro alguém. Hoje, Deus quer dar a luz Judá, que significa louvor! Você pode encontrar seu significado e ser honrada pelo Senhor sem mais mendigar o amor de quem quer que seja. O amor de Deus nos preenche de tal maneira que nos mostra o nosso real e precioso valor. Ele nos tira de um lugar de rejeição e nos aceita em seus braços!
Talvez, como Raquel, você tenha o amor de um homem, mas não agradece, porque sua atenção nunca está naquilo que você tem, mas naquilo que lhe falta. Você é murmuradora, inveja até pessoas que gostariam de estar no seu lugar. Você é amarga e não se contenta com o que tem. Você usa as pessoas que lhe amam para alcançar seus objetivos pois você é uma pessoa egocêntrica, egoísta e quer que todos vivam em função de realizar seus desejos. Olhe para o que você tem! Agradeça pelo que você se tornou, mesmo que ainda não seja o que você gostaria. Não olhe mais para as pessoas achando que elas têm algo que é seu direito ter. Viva sua história e suas experiências com Deus. Caso contrário, a realização de seu sonho, assim como Raquel, custará sua vida!
Deus tem poder, em Jesus, de curar Lias e Raquéis, dando-lhes um novo destino de realizações e propósitos eternos, com um coração repleto de amor, derramado pelo próprio Deus, único capaz de nos completar e nos dar significado e vida abundante!
Adriana Garcia.

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