O CONTENTAMENTO
Eu gostaria de compartilhar sobre esse tema pois ele é capaz de dar autonomia à nossa felicidade! Não creio que contentar-se signifique manter-se onde está ou acomodar-se numa vida mediocre, sem grandes planos de crescimento, seja ele em que área for. Não é disso que se trata quando o Apóstolo Paulo falou sobre estar contente em toda e qualquer circunstância. É simplesmente saber viver cada momento e situação com gratidão no coração. É não exaltar-se e nem achar-se autosuficiente e orgulhoso diante das conquistas e nem entregar-se ao desânimo e à desesperança diante das dificuldades.
O contentamento é um valor a ser aprendido e cultivado dentro de nós. Com ele, selecionamos os melhores sentimentos diante do que nos favorece e também diante do que nos prejudica e desagrada. A falta de contentamento tem levado um número absurdo de pessoas a cometer equívocos em sua vida e em seus relacionamentos. Tem até distorcido o caráter de muitos.
Você pode imaginar, por exemplo, porque um auditor fiscal que já ganha tão bem e que tem status social, ainda assim se envolve em corrupção? Ele não conseguiu contentar-se nem mesmo com o muito que seu trabalho realizado de forma honesta lhe proporcionara. A falta desse valor, pode levar-nos a cometer erros e passar por cima de princípios para alcançarmos cada vez mais a qualquer custo.
Mas existem exemplos mais comuns. Muitas pessoas não conseguem contentar-se com coisas que elas jamais conseguirão modificar como por exemplo: a cidade onde nasceram, a família de origem, a cor da pele. Não entender isso, tem levado um número considerável de pessoas a uma baixa auto-estima. Elas tentam negar o inegável e se envergonham de quem elas são. Quando não são ricas, esse sentimento fica ainda mais aguçado!
A falta de contentamento leva ao lamento, à murmuração. Simplesmente a pessoa não consegue enxergar nada de positivo na casa em que mora, no emprego que tem, na escola que estuda. É o mito de que a grama mais verde é a do vizinho. Essa atitude, com certeza, ofende o coração de Deus. Pessoas assim, sentem vergonha da roupa que vestem, sentem-se constrangidas em receber alguém em sua casa. Elas lutam em sua alma imaginando que o valor de suas vidas está em algo externo, algo que elas podem mostrar socialmente. É lamentável! Vi, recentemente, um post sobre aluguel de Iphone. Jovens que querem impressionar as meninas numa balada, chegam a esse ponto e alugar o aparelho para ostentar posição social e indicar sucesso financeiro! São descontentes com sua condição e para serem aceitos, negociam, faltando com a verdade!
Uma pessoa cronicamente insatisfeita, acaba sendo invejosa. Ela quer a vida dos outros, a casa dos outros, o relacionamento dos outros, o resultado financeiro dos outros. Ela realmente acredita que se fosse outra pessoa e tivesse tudo que outra pessoa tem, seria mais feliz. Ela não vê potencial em si mesma e nem acredita que Deus pode fazer coisas maravilhosas com o que ela é e tem.
O contentamento não nos paraliza onde estamos, mas nos dá prazer com o que temos, com o que somos e com quem estamos. E quando tudo isso muda, continuamos satisfeitos! Nos faz pessoas agradáveis por onde passamos pois a alegria está dentro, e não fora. Contentar-se é o antídoto da murmuração, da frustração e é o fertilizante que nos prepara para todos os momentos que temos que viver, sejam eles bons ou maus. Contentar-se nos aproxima das pessoas certas e não nos obriga a sermos quem não somos, a adquirirmos o que não podemos, a estarmos com quem não devemos a fim de encontrar prazer no que está em volta. Contentar-se é ser grato(a)! É saber transitar na mais eufôrica realização como também na mais terrível tribulação, com a graça e a certeza de que Deus é tudo em nós e é somente Dele que precisamos para vivermos com alegria e autenticidade, atraindo quem nos ama pelo que somos e não pelo que temos ou podemos oferecer.
Busquemos esse valor com urgência para nos livrarmos dos sentimentos que nos colocam prisioneiros de nós mesmos!
Adriana Garcia.
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